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Notícia publicada em 04/07/2024
A associação entre masculinidade e violência é um tema complexo que está enraizado na sociedade. Historicamente, os homens são vinculados a características como força, agressividade e dominância, o que muitas vezes alimenta comportamentos violentos. Esse estereótipo é perpetuado por normas culturais, mídias e até mesmo estruturas familiares, levando muitos homens a acreditarem que a violência é um meio aceitável de afirmar sua virilidade.
Estudos do Instituto Maria da Penha já apontaram que a socialização masculina tradicional ensina os homens a suprimir emoções consideradas "fracas", como medo e tristeza, enquanto valoriza reações agressivas como uma prova de força. Esse processo de socialização começa na infância, quando meninos são desencorajados a expressar vulnerabilidade e incentivados a resolver conflitos de maneira assertiva, ou até mesmo violenta.
As consequências entre a masculinidade e violência podem se tornar agravantes ao longo da vida. (Foto: Reprodução/Instagram/@busqueapoio)
As consequências dessa associação são graves. Estatísticas mostram que homens são desproporcionalmente responsáveis por atos de violência, seja em contextos domésticos, nas ruas ou em guerras. A violência doméstica, em particular, é um reflexo direto das dinâmicas de poder e controle que muitos homens sentem necessidade de exercer sobre suas parceiras e filhos.
No entanto, há um movimento crescente que busca redefinir a masculinidade. Campanhas de conscientização, programas educativos e intervenções terapêuticas estão sendo desenvolvidos para ensinar homens e meninos a expressar suas emoções de maneira saudável e a resolver conflitos pacificamente. Promover uma masculinidade positiva, que valoriza empatia, colaboração e respeito, é essencial para quebrar o ciclo de violência.
A luta para dissociar a masculinidade de violência é longa e desafiadora, mas é um passo fundamental para construir uma sociedade mais justa e segura. Ao questionar e reformular os conceitos tradicionais de masculinidade, podemos criar um ambiente onde homens e mulheres possam viver livres da ameaça de violência e em pleno desenvolvimento de suas potencialidades.
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