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Notícia publicada em 20/08/2024
Em 2023, houve um aumento na violência contra mulheres no Brasil. No Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, divulgado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), houve um aumento de 0,8% em relação ao ano anterior. Aproximadamente 1.467 mulheres foram mortas por razões de gênero, o que representa um aumento significativo desde a aprovação da lei que define o crime em 2015. Em 72,70% dos casos, o agressor era parceiro ou ex-namorado da vítima. O Brasil apresenta a quinta maior taxa de feminicídio global. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a proporção é de 4,8 para cada 100 mil mulheres.
Violência contra mulheres: um problema crescente que exige ação urgente. (Foto: Reprodução/Instagram/@busqueapoio)
De acordo com o Código Penal Brasileiro, feminicídio é o assassinato de uma mulher por razões de gênero, ou seja, quando a vítima é uma mulher e envolve violência doméstica e familiar, menosprezo ou discriminação em relação à condição feminina. Em 2015, foi instituída a Lei no 13.104/2015 (Lei do Feminicídio), que torna o homicídio de mulheres motivado pelo ódio de gênero um homicídio qualificado, com o objetivo de estabelecer penas mais duras aos criminosos.
Apesar dos avanços alcançados com o ordenamento jurídico brasileiro e o tratamento do feminicídio, é perceptível que esses instrumentos ainda não são suficientes para lidar com um problema tão complexo e enraizado na sociedade brasileira. As elevadas taxas de feminicídio devido ao gênero indicam a necessidade de implementar políticas públicas voltadas para assegurar o fim do ciclo de violência e atender às necessidades das mulheres em situação de risco, que são as que mais sofrem com o feminicídio no Brasil.
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