A Lei Nº 12.650/2012, popularmente conhecida como “Lei Joanna Maranhão”, representa um marco na luta contra o abuso sexual infantil no Brasil. Aprovada em 17 de maio de 2012, essa legislação alterou o Código Penal Brasileiro, estendendo o prazo de prescrição para crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. Antes de sua promulgação, o prazo de prescrição começava a contar a partir do momento em que o crime era cometido, o que muitas vezes impedia que os agressores fossem responsabilizados, dada a dificuldade das vítimas em denunciar os abusos de imediato.


A lei recebeu o nome em homenagem à nadadora Joanna Maranhão, que, aos 20 anos, revelou ter sido vítima de abuso sexual por seu treinador quando tinha apenas nove anos. Sua coragem em expor o trauma que sofreu foi fundamental para a mobilização social e política que resultou na aprovação da lei. Joana Maranhão se tornou uma figura emblemática na defesa dos direitos das vítimas de abuso sexual, e sua história inspirou mudanças legislativas que oferecem maior proteção e justiça para milhares de crianças e adolescentes no país.


A Lei Joana Maranhão é fundamental na ajuda contra o abuso sexual contra crianças e adolescentes no Brasil. (Foto: Reprodução/Instagram/@busqueapoio)


Joanna Maranhão é dona de um recorde histórico, sendo a quinta mulher mais rápida do mundo nos 400 metros medley nos Jogos Olímpicos de 2004, com apenas 17 anos. Em 2008, a esportista relatou que sofreu abusos sexuais de um treinador quando tinha apenas nove anos. A repercussão da denúncia, que foi prescrita na época, resultou em um novo entendimento e na Lei Nº 12.650/2012, que reviu procedimentos a fim de ampliar o exercício dos direitos de crianças e adolescentes.


­A aprovação da Lei Nº 12.650/2012 foi um passo fundamental no reconhecimento dos direitos das vítimas e na melhoria do sistema de justiça penal brasileiro. Ela reflete uma compreensão mais profunda da complexidade e das consequências duradouras do abuso sexual infantil. Ao permitir que o prazo de prescrição seja estendido, a lei não só aumenta a chance de responsabilização dos agressores, mas também envia uma mensagem clara de que o Brasil está comprometido em proteger suas crianças e adolescentes contra tais crimes atrozes.


Além de sua importância legal, a Lei Joanna Maranhão também tem um impacto simbólico poderoso. Ela reconhece a dor das vítimas e valida suas experiências, oferecendo um caminho mais acessível para a justiça. A lei serve como uma mensagem sobre a necessidade de vigilância contínua e de apoio às vítimas de abuso sexual, garantindo que suas vozes sejam ouvidas e respeitadas.


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